notas soltas

Reflexão pessoal sobre a participação na Conferência Internacional ticEDUCA 2010 - Eportfolios, PLE e LMS

https://ticeduca.ie.ul.pt/

 

Depois de ter participado em três edições anteriores do Challenges, que constituíram uma extraordinária oportunidade de contacto com a evolução tecnológica adaptada à educação, surgiu a oportunidade de poder participar numa conferência do mesmo nível à porta de casa. Novamente foi uma ocasião para me colocar a par das atuais tendências de pensar a utilização educativa das TIC.

Um dos temas sobre os quais a conferência incidiu, Ambientes virtuais de aprendizagem e comunidades de prática, corresponde a uma linha de ação que me interessa pessoal e profissionalmente: E-Portfolios / Personal Learning Environments. Centrei a escolha das oficinas a que assisti em torno desta temática, mas também estive desperto para outros assuntos que pudessem revelar-se ideias/projetos sobre a investigação que deverei efetuar ao longo do Curso de Mestrado em TIC e Educação.

Portfolio/PLE continua a ser o leitmotiv do meu interesse pela utilização educativa das TIC e por isso, assisti com particular curiosidade às conferências plenárias de Elen Barrett, a grande referência mundial no que se refere aos portfolios digitais (https://hbarrett.wordpress.com/my-portfolio/biography/ e https://electronicportfolios.org/ ), e de Graham Attwel (https://www.pontydysgu.org/pontydysgu-and-people/graham-attwell), bem como ao simpósio “LMS vs PLE, Fusão ou Choque”. Estes foram aliás, de acordo com as minhas expectativas, os momentos altos da conferência e, por isso os destaco.

Não tinha conseguido estabelecer uma distinção clara entre um ePorfolio e um PLE e agora nem sei se será possível fazê-lo, ou sequer se tem sentido fazê-lo. Mas de acordo com um colega catalão (Enrik Casals), que apresentou uma comunicação (Uso de um PLE docente en assignaturas de lengua en la universidad: estúdio de caso) e com quem tive o prazer de almoçar, não é importante fazer uma distinção de terminologia. O que é importante é que se promova a utilização de uma ferramenta, ou conjunto de ferramentas organizadas, para desenvolver um trabalho que incida simultaneamente sobre os produtos e os processos de aprendizagem. Esta ideia foi, aliás, desenvolvida em primeiro lugar por Elen Barrett na primeira conferência do encontro.

Attwel, na sua conferência, também se referiu à importância dos PLE como espaços de interação onde se desenvolvem aprendizagens coletivas e que constituem uma forma de o autor perceber o que aprendeu e como aprendeu. Neste sentido, um PLE tem três dimensões: intrapessoal, interpessoal e extrapessoal.

O simpósio LMS vs PLE iniciou-se com a visualização de um vídeo produzido por um colega que não pode estar presente mas que, desta forma participou ativamente. A seguir o grupo de participantes construiu colaborativamente um quadro/mapa conceptual que compara os dois tipos de sistema:

 

Uma conclusão geral que pude tirar é que os dois podem e, provavelmente, devem coexistir. Mas verifica-se cada vez mais uma recentração na aprendizagem informal e uma questão importante é saber como desenvolvemos o nosso pensamento crítico sobre a aprendizagem. Nesse sentido creio que o PLE se vai impor como um instrumento, ou melhor um processo, vital. Outra é que o PLE se adapta mais à autoaprendizagem e à "vida pessoal"; o LMS mais à aprendizagem em contexto de ensino/formação e à "vida profissional". Outra ainda: Os LMS funcionam bem para os visitantes digitais; os PLE funcionam bem para os residentes digitais.

 

Mais informação sobre PLE: Compêndio Bibliográfico PLE