Integração Curricular das TIC

 

Integração curricular das TIC... dúvidas existenciais!  

Contributo resultante do primeiro desafio lançado: "O que sei, o que me ocorre dizer sobre Integração Curricular das TIC". Muito a frio, talvez por se tratar do primeiro trabalho que foi pedido, defendi  a ideia de que  entre a Escola (ou os currículos disciplinares) e a sociedade com uma cultura  marcadamente tecnológica, há uma enorme décalage. Para ultrapassar este problema, é necessário modernizar a Escola muito para além da renovação do parque tecnológico. Em minha opinião são necessárias: a integração, vertical e horizontal, das TIC nos curricula; a utilização em contexto de sala de aula, pelos alunos e pelos professores; as TIC como ferramenta pedagógica e não como objectivo final da aprendizagem. Nesse sentido, exprimi uma atitude crítica (que depois de iniciado o trabalho e a reflexão no âmbito desta unidade curricular, reforcei e mantenho), sobre duas medidas que foram tomadas recentemente pelo ME (DGIDC) - a “moodlelização (quase coerciva) das escolas e a criação da disciplina de TIC; em minha opinião, nenhuma delas deu um contributo efectivo para a alteração das práticas pedagógicas e para uma verdadeira integração curricular das TIC...

 

Os alunos como fonte do Currículo

Resumo/reflexão sobre parte do texto “Curriculum Design” (T. Neville Postlethwaite). Embora me tenha debruçado mais sobre os alunos como fonte do currículo, a leitura deste texto foi muito útil para compreender a forma como os decisores concebem os currículos, ora centrados nos conteúdos, ora nos factores sociais ora nos alunos e as consequências resultantes dessa opção, para a organização escola e para a sociedade. Concluí que, o “currículo ideal” se encontra na triangulação dessas três fontes, até porque o próprio autor do texto refere para cada uma, as respectivas vantagens e desvantagens. Porém creio que é benéfica a maior centralidade no aluno e, nesse sentido fiz uma reflexão pessoal sobre o Referencial de Competências-Chave da Educação e Formação de Adultos (meu instrumento de trabalho diário), que considero ser um excelente exemplo de “currículo” centrado no aluno.

 

 

Mapa conceptual de Currículo

Tentativa de organização de conceitos relacionados com Currículo. O Mapa Conceptual é um excelente processo de compreender, organizar e sintetizar as diferentes facetas, pontos de vista ou componentes de conceitos ou realidades complexas, o que permite uma visão integradora por oposição à leitura segmentada que dificulta o estabelecimento de ligações/relações. Experimentei duas ferramentas online de construção de Mapas Conceptuais,  https://bubbl.us/ e https://cmap.ihmc.us/conceptmap.html; a minha preferência incide sobre a segunda, que se revela muito versátil e fácil de utilizar.

 

Fundamentos da utilização pedagógica do Blog

Resumo/reflexão sobre o texto “A blogosfera escolar portuguesa: contributos para o conhecimento do estado da arte” (Gomes, M. João e Silva, Ana Rita). Coube-me estudar este texto enquanto parte do corpus bibliográfico seleccionado para a fundamentação teórica do trabalho de grupo desenvolvido nesta unidade curricular. Este texto ajudou-me a ultrapassar alguns preconceitos que detinha sobre a tecnologia Blog enquanto processo de criação/publicação de conteúdos web. Apesar das limitações que lhe continuo a reconhecer a esse nível, pude compreender que o Blog consubstancia os modelos construtivistas  da psicologia do desenvolvimento, que afinal constitui o paradigma que alicerça todo o nosso sistema educativo (no plano do desenho dos currículos). Mais que no construtivismo clássico, o Blog situa-se no paradigma do construcionismo que dá particular ênfase às produções (construções) do aluno, que são partilhadas em classe e fora da classe (no limite, para o mundo inteiro!). Enquadra-se por isso num conceito de aprendizagem muito para além do espaço e tempo aula, que potencia o interesse e a motivação dos alunos e facilita o atingir de todos os estádios do processo de aprendizagem aprendizagem - conhecer, compreender, actuar, analisar, sintetizar e avaliar (domínio cognitivo). Para além disso incentiva a autonomia, a responsabilidade, o respeito pelas opiniões diferentes... é, ou pode ser, portanto, uma ferramenta com um potencial educativo enorme.

 

Quatro ideias-chave sobre a tecnologia Blog no processo de RVCC

Reflexão pessoal. Sendo o processo de RVCC essencialmente autónomo e o apoio dos formadores em sala pontual, a interacção em comunidade de aprendizagem (formandos e formadores e outros) assume uma importância capital. É neste contexto que a tecnologia Blog pode representar uma mais-valia importante, suportando espaços de reflexão e partilha e ajudando a construir uma rede de saberes.

 

O Blog como ferramenta pedagógica na Educação e Formação de Adultos

Apresentámos  (a Teresa Ramirez, a Cristina Conchinha e eu) o nosso trabalho de grupo. Creio que cumprimos os objectivos do trabalho, ou seja, suscitámos a reflexão da turma sobre as potencialidades pedagógicas da ferramenta Blog, neste caso, no contexto específico da educação e formação de adultos. Começámos, aliás, por referir que não há a salientar um carácter inovador na escolha desta ferramenta como objecto de estudo, apenas a consideramos a mais adequada relativamente a problemas concretos que há necessidade de resolver:

  1. Encontrar uma ferramenta tecnológica que, a distância, apoie os formandos/adultos em processo de RVCC Nível Secundário no trabalho autónomo de integração e evidenciação das competências de Cidadania e Profissionalidade na autobiografia (documento angular dos seus Portfolios Reflexivos de Aprendizagem);

  2. Encontrar uma solução tecnológica cuja curva de aprendizagem pelos formandos/adultos seja rápida e com a qual os eles já tenham tido contacto;

  3. Encontrar uma ferramenta que disponibilize recursos, suscite a reflexão, promova auto e hetero-avaliação do trabalho desenvolvido pelos formandos/adultos;

  4. Encontrar uma ferramenta tecnológica que suporte uma "comunidade de aprendentes" formada pelos formandos/adultos, pelo formador de CP e, eventualmente, por todos quantos se interessem pela Cidadania e Profissionalidade no processo de RVCC.

De facto, como o Professor Fernando Costa referiu, de certa forma a "carroça foi metida à frente dos bois", porque o projecto já está implementado no terreno (https://cidmais.wordpress.com/) e só agora é que fizemos o estudo prévio de implementação... Pessoalmente, eu já tinha a convicção de que, para atender àqueles problemas de partida, a ferramenta mais adequada era o Blog e portanto, este estudo perdeu o estatuto de "estudo prévio" e adquiriu o de "prova provada".No fundo o que nos limitámos a fazer foi avaliar a tecnologia Blog segundo o modelo de Laurillard, para confirmar a suposição inicial - é a ferramenta ideal para os objectivos traçados.
De qualquer forma , foi uma óptima oportunidade para conhecer alguma da investigação desenvolvida sobre a utilização pedagógica do Blog e uma óptima oportunidade de reflexão pessoal sobre a mais-valia que a tecnologia (e o Blog em particular) pode representar num processo de formação/aprendizagem com as características do RVCC em que o trabalho em sala de aula, com apoio do formador, é muito reduzido

 

Integração do Blog em contexto curricular

Trabalho de grupo correspondente ao documento de avaliação final da unidade curricular de ICTIC, realizado em conjunto com as colegas Teresa Ramirez e Cristina Conchinha.

 

Blog Cid+

Resultante do estudo de integração curricular de uma ferramenta tecnológica. Na verdade trata-se de um projecto pedagógico que já havia idealizado, como ferramenta de apoio aos formandos com quem trabalho no processo de RVCC Secundário (Área de Competências-Chave de Cidadania e Profissionalidade), mas por falta de tempo ficou por desenvolver. A elaboração do trabalho de grupo para esta unidade curricular, acabou por criar as condições necessárias (tempo e reflexão) para a concretização do projecto. Agradeço a colaboração próxima das colegas Teresa Ramirez e Cristina Conchinha, bem como a opinião crítica de alguns colegas do Curso de Mestrado.

 

Reflexão pessoal sobre o percurso de aprendizagem em ICTIC